Aspectos psicológicos do paciente que sofre com Dor:
Quando se sente ou se vive com dor, é comum sentir-se uma série de sensações, como mau humor, ansiedade e falta de vontade para as fazer as coisas que antes nos davam prazer. Pouco a pouco, o nosso foco vital fica limitado e reduz-se a ficarmos em casa, diminuirmos as saídas e reduzirmos o nosso meio social. A dor monopoliza as nossas vidas.
Qualquer dor comporta uma componente psicológica. A ansiedade é um dos fatores emocionais mais habituais na dor crónica. Está relacionada com o facto de as pessoas com elevados níveis de ansiedade centrarem a sua atenção nas sensações corporais que definem a dor, o que leva à manutenção ou mesmo ao aumento do nível da dor. A tristeza, o desespero e o pessimismo contribuem para que a pessoa sinta dor com maior intensidade.
Consequências da Dor Crónica
Quando vivemos com dor crónica, entramos numa experiência de duelo constante, num círculo vicioso segundo o qual evitamos a atividade, sendo que a falta de mobilidade que causa tensão muscular aumenta a dor e dá lugar a reações emocionais negativas que, por sua vez, diminuem a tolerância à dor, parecendo que nos dói cada vez mais. Devido a tudo isto, entramos num processo de isolamento e frustração que pode originar processos de ansiedade ou depressão.
Problemas Psicológicos
Ansiedade
Depressão
Insónias
Baixa autoestima
Problemas nas Relações Pessoais
Com familiares
Com o(a)
companheiro(a)
Isolamento voluntário
Qualidade de Vida
Diminuição da atividade física
Falta de independência
Redução das horas de lazer e entretenimento
Problemas Económicos
Baixa por doença
Custos de saúde
Incapacidade
Como enfrentar
Ter consciência do contexto psicológico da dor é extremamente importante para os doentes, os familiares e os cuidadores. Existem diversas estratégias para enfrentar estas situações. A primeira e mais importante é falar com o seu médico, não apenas sobre a experiência da dor, mas também de como esta se faz sentir.
Consulte um psicólogo se considera que precisa de ajuda ou se o mesmo for recomendado pelo seu médico. Este profissional ajudar a diminuir o impacto emocional da doença, melhorar a qualidade de vida e contribuir para criar mecanismos de autoajuda que favoreçam, inclusivamente, o alívio da dor.